Eu, aflito e só. 
Resta-me, apenas, palavras
Palavras, essas, desorientadas
Tão longe de mim.

Eu, com tanta amargura em meu peito
Ainda vejo 
Que a única solução
É sonhar. 

Quis dar uma limpa aqui. Mas não consegui apagar tudo. No fundo, o passado ainda me faz bem. Mas, pude observar e ficar pensativo por alguns minutos:
De uma certeza que eu não escrevia muito bem (não que eu escreva lá aquelas coisas agora) pude, então perceber, que eram palavras sinceras. De coração. E de como a dor pela perda do meu amor me corroía todos os dias, - cada dia pior. 

Hoje, não dói - mas tenho em mim, um eterno vazio.

Bem-vindos. E agradeço á ela por ter feito-me crescer. 

Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com frequência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Mas na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível.

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "

 "Queria endurecer o coração, eliminar o passado, fazer com ele o que faço quando emendo um período — riscar, engrossar os riscos e transformá-los em borrões, suprimir todas as letras, não deixar vestígio de idéias obliteradas."

Raras lembranças.

 Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber porquê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certo que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe! Caio, f Abreu.

Girl I hear you in my dreams.

Estar sozinho é algo que não me conforta, inúmeras vezes me peguei pensando em você. Lembranças que insistem passar lentamente em meus pensamentos... sinto todo aquele amor que guardei para você, ainda está guardado. Mas agora de que adianta? Tudo o que eu precisava não tenho mais ao meu lado. São lembranças boas mas sentimentos ruins. Dor, arrependimento, pergunta: por que, por que, por que? Por que não estás aqui,  se ainda me ama? Embora esse sentimento tenha desgastado e essa distância tenha acabado com tudo, com a nossa paciência. Mas eu ainda te quero, em silêncio, mas te quero. Talvez seja esse silêncio que me deixa sufucado, desgastado. Achava que não poderia te perder se esse sentimento fosse verdadeiro. O que eu mais me pergunto: "será que algum dia será minha de volta?" Cadê você para tirar minhas dúvidas, como sempre fazia?

Se eu realmente larguasse tudo, parecendo um louco atrás de você. Ficaria comigo? Pra sempre? Embora todo esse sofrimento um dia passara, eu continuarei te amando, como sempre fiz. Não dá pra tentar me enganar, se o que eu quero é me libertar disso tudo. Se não posso te ter então que ao menos esse sentimento todo fosse carregado, fosse destruido de vez. Que não restasse nada de você, nem ao menos seu rosto em minha mente, nem que apaerece em meus sonhos, e que meus pensamentos não me levasse à você, sem a minha permição.

Meu medo a noite noite torna-se você. Medo em que apareça no meu sonho. Porque neles, todos neles depois em que você se foi, você voltava. Me acordo assustado ao mesmo tempo triste, porque novamente é apenas um sonho. Volto minha cabeça para o travesseiro, e ali fecho meus olhos e fico horas vagando pelos meus pensametos. Eu não queria lembrar, mas me lembro. Ler suas cartas, seus textos, lembrar de palavras, jestos... tentar lembrar sua voz, isso de certa vez me acalma ao mesmo tempo me destrói inteiro. Porque é o que resta, é o que restou depois que você se foi, apenas lembranças. Depois de tempo, dormirei, um sono pesado no qual nunca tive antes. Mas quando vejo já era hora de me levantar. Ai penso, novamente me perdi pensando em você e talvez você nem se lembre de mim.